Fisiopatologia, Aspectos Clínicos E Laboratoriais Da Púrpura Trombocitopênica Imunológica

Abstract

Introdução: A Púrpura Trombocitopênica Imunológica (PTI) é uma doença hematológica, caracterizada pela produção de autoanticorpos direcionados contra proteínas da membrana plaquetária, desencadeando à sensibilização das plaquetas que são fagocitadas por macrófagos do sistema imunológico, por meio de seus receptores para a fração constante da imunoglobulina associada à plaqueta. Objetivo: Promover uma correlação direta dos achados clínicos e laboratoriais com a fisiopatologia da púrpura trombocitopênica imunológica. Material e métodos: Foi feito um estudo de revisão bibliográfica do tipo comparativo, na qual buscaram-se informações nas bases de dados do Google Acadêmico, PubMed, Scielo e em revistas científicas, todas a respeito dos achados clínicos e laboratoriais da PTI, assim como a fisiopatologia da doença. Resultados: A fisiopatologia da PTI pelo encurtamento da meia-vida plaquetária, causado pela sensibilização por autoanticorpos produzidos contra as proteínas existentes na membrana celular plaquetária, as mais frequentes são proteínas dos complexos IIb e IIa. Plaquetas que passam por essa sensibilização não reconhecidas pelo corpo como “próprias” e são retiradas da circulação pelo baço, desencadeando a diminuição da contagem de plaquetas. A PTI pode manifestar-se na forma aguda, onde principalmente crianças são afetadas, podendo apresentar plaquetopenia <20.000/µL e evolução com sintomas como: sangramentos severos, petéquias, menorragias, sangramento das mucosas podendo atingir o sistema nervoso central. Na forma crônica, a PTI apresenta-se com um caráter insidioso, atingindo frequentemente adultos, onde 30-40% dos casos são assintomáticos. Conclusão: A clínica e o aspectos laboratoriais da PTI indicam uma forte correlação com a fisiopatologia da doença, evidenciando cada consequência dos processos in vivo com os resultados dos exames hematológicos e sintomas clínicos.