Fissuras labiopalatinas e a importância do cuidado interprofissional: uma revisão de literatura

Abstract

O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica acerca das etiologias e modalidades terapêuticas associadas às fissuras no lábio e/ou no palato. As fissuras labiopalatais surgem devido a uma interrupção no desenvolvimento, onde a migração das células da crista neural, responsáveis pela fusão das estruturas faciais, é prejudicada, resultando em uma abertura no lábio e/ou céu da boca. Esta separação decorre da falta de fusão durante o desenvolvimento das porções frontal e mediana do rosto, incluindo os processos maxilares derivados da primeira estrutura faríngea. A correção da fissura labial requer uma intervenção cirúrgica inicial, geralmente realizada aos três meses de idade. Os procedimentos cirúrgicos para reparar as fissuras no palato são variados e complexos, adaptados às características específicas de cada caso e à condição geral do paciente. As fissuras no palato, conectadas ou não às fissuras labiais, podem afetar significativamente a funcionalidade e a aparência da criança, podendo também desencadear problemas psicológicos. É essencial fornecer cuidados pré e pós-cirúrgicos adequados, com a intervenção cirúrgica desempenhando um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida do paciente. Além disso, um acompanhamento abrangente por profissionais de diversas áreas é indispensável para uma abordagem completa.