A candidíase é uma infecção fúngica muito comum de na cavidade oral, que tem como fator etiológico a proliferação e o crescimento de microrganismos do gênero Candida, onde este já vive no meio oral de forma comensal, sem causar nenhum prejuízo ao hospedeiro, fazendo parte assim da microbiota oral saudável. Além da boca esses fungos também podem se proliferar e colonizar mucosas e pele, gerando, portanto, uma doença fúngica sistêmica. Para o tratamento dessas infecções são utilizados diversos medicamentos com propriedades antifúngicas, tais como, cetoconazol, fluconazol, nistatina e anfotericina B, entretanto alguns fatores vêm mostrando a ineficácia desses medicamentos. Um deles é a resistência que as cepas fúngicas apresentam frente aos antimicóticos, como também a adesão do paciente e os efeitos adversos que os medicamentos sintéticos ocasionam. Dessa maneira precisa-se buscar vias alternativas, como por exemplo o uso das plantas medicinais que vem sendo uma forma viável e promissora para a descoberta de novos agentes fitofármacos com grande potencial biológico. Com base em estudos da literatura que evidenciam as características físico-químicas e etnofarmacológicas das espécies de plantas medicinais, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica do extrato metanólico de Psidium guineense (Myrtaceae). O estudo se deu através da realização de ensaio in vitro onde foi utilizado como substância-teste o extrato metanólico de Psidium guineense frente às espécies fúngicas de Candida glabrata e Candida parapsilosis previamente identificadas e mantidas em meios de cultura de ágar Sabouraud dextrose – ASD e caldo Sabouraud dextrose – CSD. Ademais, para realização do controle positivo foi empregado a nistatina como antifúngico padrão. Por conseguinte, foi realizada a técnica de microdiluição em caldo para determinação da concentração inibitória mínima (CIM) do extrato metanólico de Psidium guineense. Após a realização dos testes e a avaliação dos resultados notou-se que a CIM do extrato metanólico de Psidium guineense foi superior a 1024 µg/mL-1 para as duas cepas testadas. Dessa forma conclui-se, que o extrato metanólico da espécie vegetal Psidium guineense não teve inibição a proliferação fúngica nas concentrações da técnica usada. Assim é necessário novos estudos (com metodologias diferentes) para comparar resultados obtidos, podendo ser possível o desenvolvimento de um novo produto natural a depender dos resultados, com atividade antifúngica eficiente, de modo que seja usado entre as tecnologias em saúde para combate às infecções fúngicas no fito de mitigar o exponencial aumento da resistência micótica que se torna uma objeção para obtenção do sucesso do tratamento medicamentoso aplicado à Odontologia.