Os ossos são constituintes fulcrais do sistema locomotor, além da função de sustentação e proteção de tecidos e órgãos adjacentes. Os traumas são as maiores enfermidades que ocorrem as aves, representando cerca de 20% de toda casuística de animais atendidos, onde a fratura é mais notada, sendo as de ossos longos as mais predominantes, principalmente umerais e tibiotarsais. É de notória importância avaliar o animal quanto aos seguintes sinais clínicos: dor local, deformidade angular do membro, mobilidade óssea anormal, edema local, impotência funcional do membro, claudicação e crepitação local. Em aves, os principais tratamentos recomendados para afecções ortopédicas são utilização de bandagens, pinos intramedulares, fixadores externos e repouso em gaiola. Por conta do tamanho diminuto e da constituição fina e leve dos ossos, a utilização de placas ósseas é rara, sendo usadas apenas em casos específicos de fraturas. Afecções traumáticas em aves, com destaque para fraturas, tem se tornado cada vez mais comuns na rotina do médico veterinário e necessitam de intervenção terapêutica. Todavia, poucos são os profissionais que se arriscam a realizar tais procedimentos, pela existência de características físicas e fisiológicas distintas dessa classe, carecendo de grande conhecimento anatômico e princípios básicos de cirurgia ortopédica geral.