RESUMO -Este estudo analisou a precisão de medidas de nomeação seriada rápida (NSR) em identificar os estudantes em risco/sem risco de dificuldade de leitura. Tarefas de NSR requerem a nomeação rápida de diferentes estímulos visuais apresentados em um cartão. Duzentas e treze crianças realizaram as tarefas de NSR quando estavam na Educação Infantil e, dessas, 174 realizaram uma tarefa de leitura quando estavam no 1º ano do Ensino Fundamental. Análises da curva ROC (Receiver Operating Characteristic) indicaram que as medidas de NSR (objetos, cores, números e letras) são razoáveis em identificar o risco/não risco de dificuldade de leitura (área sob a curva ≥ 0,70), sendo a NSR de números a medida com melhores índices de sensibilidade (88%) e especificidade (50%).Palavras-chave: nomeação seriada rápida, rastreamento, leitura, distúrbios da leitura
Rapid Automatized Naming Tasks: Screening Reading DifficultyABSTRACT -The aim of this study was to analyze the rapid automatized naming (RAN)'s accuracy for identifying students at risk/not at risk for reading difficulty. Two hundred and thirteen children performed the RAN tasks when they were in the last year of Kindergarten and 174 among them, accomplished the reading task when they were in the first grade of Elementary School. Analyses based on the ROC curve (Receiver Operating Characteristic) indicated that all the RAN measures (objects, colors, numbers, and letters) had a fair accuracy for identifying students at risk/not at risk for reading difficulty (AUC ≥ 0.70). RAN numbers had the best classification accuracy presenting sensitivity and specificity indexes of 88% and 50%, respectively. O aprendizado da leitura representa um marco muito importante no desenvolvimento do ser humano. Uma nova forma de acesso à informação se torna disponível, o que amplia consideravelmente as possibilidades de desenvolvimento do indivíduo, seja no âmbito social, emocional, cognitivo ou cerebral. Sabe-se hoje que não saber ler e escrever é um fator de risco para o desenvolvimento de demências (Brucki, 2010) e que a doença de Alzheimer progride mais rapidamente entre as pessoas que não leem do que entre as pessoas que leem (Lee et al., 2008).
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