Florestas de restinga e de terras baixas na planície costeira do sudeste do Brasil: vegetação e heterogeneidade ambiental

Abstract

Foram avaliadas semelhanças florísticas entre duas fisionomias de Floresta Atlântica na região costeira do Brasil, denominadas Floresta de Restinga e Floresta das Terras Baixas. A hipótese era que, devido à diferença nos processos geomorfológicos, essas duas florestas difeririam em variáveis físico-químicas dos solos, composição florística, biomassa aérea e produção de serapilheira. O trabalho foi conduzido em uma área de 1 ha (100 × 100 m) em cada tipo de floresta, no município de Ubatuba, São Paulo. Foram registrados e medidos todos os indivíduos arbóreos com DAP > 4,8 cm e coletadas amostras de solo e serapilheira. As análises de agrupamento e de ordenação indicaram que os solos e principalmente a flora distribuem-se como grupos bem definidos, concordando com a hipótese de distinção entre as duas florestas. A diversidade de espécies foi maior (p < 0.0001) na Floresta de Terras Baixas (H' = 4,00 nats.indivíduo-1) do que na Restinga (H' = 3,38 nats.indivíduo-1). No entanto, a produção de serapilheira e a biomassa não diferiram (p > 0,05) entre as duas florestas. Esse aparente paradoxo poderia ser explicado supondo-se que, uma vez que espécies diferentes consigam se estabelecer na Restinga ou nas Terras Baixas e encontrem um espectro favorável de condições e recursos, elas tenderiam a persistir e se desenvolver naquele local; nesse caso, embora as condições edáficas difiram entre as duas áreas, cada espécie responderia de modo particular a essas variações, de modo que as florestas poderiam atingir valores semelhantes de biomassa e produção de serapilheira. É provável que o filtro ambiental condicionado pelos solos esteja sendo importante para a forte separação florística entre essas duas florestas.

Bryophyte communities of restingas in Northeastern Brazil and their similarity to those of other restingas in the country

“…Restingas of the Southern and Southeastern regions of Brazil have longer periods of soil flooding, which in turn favors increased water content of the soils of these environments due to, mainly, the topography, the depth of the water table, and the proximity of water bodies (Silva 1999). These factors, based on recent studies, influence the distribution of the phanerogamic flora in the restingas of the Southern and Southeastern regions (Assis 2011;Marques et al 2011). On the other hand, studies that seek to empirically determine what environmental factors affect the spatial distribution of bryophyte species in restingas are absent.…”

Responses of water mite assemblages (Acari) to environmental parameters at irrigated rice cultivation fields and native lakes

“…The study area is situated in the coastal plains (Table 1) (Assis et al 2011, Magnago et al 2010. The original vegetation cover is open.…”

“…The original vegetation cover is open. It is dominated by herbaceous plants and shrubs that have xerophytic adaptations (Assis et al 2011, Lima et al 2011, together with other associated Atlantic forest elements (Magnago et al 2010). …”

Floristic surveys of Restinga Forests in southern Bahia, Brazil, reveal the effects of geography on community composition

“…These wet forests thus serve as sources of species able to overcome environmental filters imposed by unique restinga soil conditions (Assis et al 2011). The proximity of wet forests that serve as sources of propagules should have strong influences on community assemblages and diversity patterns in Restinga forests (Assumpção & Nascimento 2000;Almeida Jr et al 2009;Santos et al 2012).…”