“…Em todos os ecossistemas, o fogo atua como um dos principais agentes modificadores da biodiversidade local, gerando impactos diretos sobre a fauna e flora, afetando os padrões da paisagem, a composição das espécies, podendo até mudar toda a estrutura da comunidade, influenciando o fluxo de energia e os ciclos biogeoquímicos (Thomaz, 2017). No solo, o fogo potencializa os processos erosivos por meio de uma combinação de oxidação, volatilização, transporte de cinzas e lixiviação (Clemente et al, 2017;Chiang e Ulloa, 2019). Em ecossistemas mais propensos às queimadas, como florestas e savanas, o fogo desempenha um papel importante na definição da composição e estrutura da vegetação (Belmok et al, 2019), tendo em vista que algumas espécies têm adaptações que conferem resistência aos eventos de queimada, onde a floração, dispersão ou germinação de sementes são favorecidas após a passagem do fogo (Wang et al, 2017;Torres, 2019).…”