Objetivo: analisar a tendência da mortalidade infantil no Brasil, 2000-2021. Método: Estudo ecológico de série temporal, com dados extraídos do Sistema de Informação sobre Mortalidade e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. Foram calculadas as taxas de mortalidade infantil geral, por componentes etários, por regiões e por causas de evitabilidade para todos os anos. Os dados foram analisados por gráficos de controle, definidas as Zonas A (controle - 99,7% dos dados), B (alerta - 95,4% dos dados) e C (central - 68,3% dos dados). As taxas foram analisadas pelos aspectos: uma das taxas acima da linha de controle superior/inferior, pelo menos seis pontos consecutivos crescentes/decrescentes, pelo menos nove pontos consecutivos do mesmo lado (acima/abaixo) da média, dois de três pontos consecutivos em alguma das Zonas A e quatro de cinco pontos consecutivos em alguma das Zonas B/além. Essas alterações indicam aumento ou queda nos pontos dos gráficos e uma tendência. Resultados: De 2000-2021 observou-se tendência de queda das taxas de mortalidade infantil em 1.000 nascidos vivos (21,3-2000;11,9-2021) e componentes etários: neonatal precoce (10,7-2000;6,2-2021, neonatal tardia (2,9-2000;2,1-2021), pós-neonatal (7,7-2000;3,5- 2021), sendo este último, o de maior impacto na queda. Com relação às taxas de mortalidade infantil por região, percebe-se tendência de queda em todas, embora desigualdades regionais ainda subsistam (Norte e Nordeste - maiores taxas). Em relação à tendência das taxas de mortalidade infantil por causas, à “reduzíveis pelas ações de imunização” manteve-se estável, para as demais, tendência decrescente no período. Conclusão: a mortalidade infantil está em queda no Brasil.