Devido à necessidade de insumos para manutenção da colônia, as abelhas operárias realizam voos afim de coletar alimentos (pólen e néctar), materiais de construção (barro, resina etc.) e retirar o lixo do interior da colônia. Para realização do experimento foram capturadas 30 abelhas operárias, na saída do ninho, que foram marcadas no tórax com tinta atóxica e colocadas em uma caixa plástica, medindo 11cm de altura por 15cm de largura e 20cm de comprimento. As cores utilizadas na identificação das abelhas foram administradas de acordo com a distância de soltura. Adotaram-se as cores: laranja para 500m; azul para 1.000m; amarela para 1.500m; verde para 2.000m; branca para 1.600m e vermelha para 1.700m. As solturas foram realizadas uma a cada dia de experimento, sendo as distâncias medidas com o auxílio de GPS. As liberações ocorreram entre 07h e 08h da manhã, em linha reta, em relação à colônia. Para contagem do número de abelhas que retornavam, a entrada do ninho foi fechada e, a cada abelha que regressava, era reaberta, permitindo que a mesma entrasse. Para análise dos dados, utilizou-se o programa Microsoft Excel 2013. Houve uma taxa significativa de retorno até 1.500m. A partir dessa distância, o sucesso das atividades de forrageamento foi inferior a 50%, tornando-se inviável a realização de coletas, devido à perda de grande número de forrageiras. As análises mostraram que Melipona eburnea alcança um raio de ação em torno de 908 ha, podendo percorrer uma distância de, aproximadamente, 1.700m em relação ao ninho.