O processo migratório para as cidades, alavancado pelo êxodo rural contribuiu para o desencadeamento de problemas de infraestrutura, saneamento básico, ocupação de áreas susceptíveis, entre outros. Nesse sentido, o adequado planejamento das cidades é fundamental para superar os desafios enfrentados por essas aglomerações urbanas. Perante essas considerações, objetivou-se determinar cenários da expansão urbana da cidade de Novo Hamburgo – RS, no período de 2015 – 2030. Almejando analisar a viabilidade desses cenários frente as áreas susceptíveis a inundações e movimentos de massa no município, aplicou-se a modelagem de Autômatos Celulares, dentro do software Dinâmica EGO. Para tanto foram utilizadas as manchas urbanas de 2009 e 2015, afim de calibrar os pesos e parâmetros das variáveis utilizadas: distância das áreas de vegetação, distância da rede de drenagem, distância do sistema viário, altitude e declividade. Com base nos resultados se procedeu a construção de quatro cenários de prognósticos futuros (2030), os quais foram cruzados com as cartas de susceptibilidade do Serviço Geológico do Brasil, afim de identificar a expansão frente as áreas susceptíveis a inundações e movimentos de massa. Os resultados da simulação de 2015 alcançaram valores de similaridade de 0,80. Os cenários futuros apresentaram um crescimento total de 3,9 % da área de estudo, concentrado principalmente nas áreas rurais, através da expansão das manchas existentes e da formação de novos núcleos. O território urbano composto por densidade média e alta e as áreas adjacentes impróprias para a ocupação, não possibilitaram grandes expansões da mancha urbana principal, porém é visível um crescimento sutil ao sul em direção as áreas de inundações, próximas ao Rio do Sinos; na região norte, onde o terreno alcança altas declividades e a oeste onde se concentra uma região de áreas úmidas. O cruzamento com as cartas de susceptibilidade expressou que 7% das áreas de expansão previstas no prognóstico ocorrerão em áreas caracterizadas como de alta susceptibilidade a inundações ou movimentos de massa. Assim sendo, o planejamento e a fiscalização são as principais ferramentas para definir diretrizes para um adequado processo de urbanização.