Formação de professores: a política e as diretrizes curriculares

Abstract

Entrevista com Maria Beatriz Luce.

Psicólogas(os) no Sistema Educacional de Boa Vista/Roraima: Concepções, Práticas e Desafios

“…Segundo Cruces (2010aCruces ( , 2010b e Lopes (2016), no Brasil, predomina a perspectiva clínica nas grades curriculares dos cursos de formação em Psicologia. De acordo com os estudos, essa predominância é histórica, pois, desde os primeiros cursos criados a partir da regulamentação da profissão, em 1962, tem se visto a hegemonia da atuação clínica em detrimento da pouca ênfase para as demais áreas, prejudicando-se uma formação mais abrangente quanto às abordagens de atuação em perspectivas críticas em Psicologia (Antunes, 2003;Cruces, 2010aCruces, , 2010bM. Souza, 2009).…”

“…Entendemos que, durante a formação, a(o) psicóloga(o) deveria receber a devida preparação para lidar minimamente com a realidade escolar de forma contextualizada, priorizando conhecimentos para compreender os fenômenos educacionais, expandindo seu olhar para a dimensão histórica, social e política do processo. No entanto sabemos que a formação das(os) psicólogas(os) ainda é um grande desafio à atuação crítica e compromissada com a garantia de educação de qualidade para todos, pois muitas instituições ainda priorizam o modelo clínico na formação, por vezes facultando a participação das(os) graduandas(os) em Psicologia nas disciplinas específicas da Psicologia Escolar e, também, em seus estágios, ficando o estudante prejudicado quanto à compreensão da atuação em contextos educativos (Cruces, 2010b;Facci & Silva, 2014;Gomes & Souza, 2015;M. Souza, Silva et al, 2014).…”

Mobile Collaborative Learning e a Prática Docente com o Suporte de Tecnologias Móveis

“…No entanto, é necessário investir na formação docente. Nunes (2015) revela que o Brasil progrediu em relação à formação de professores, mas quando se trata do estudo sobre o uso das TIC na educação, esse aspecto deixa a desejar. O autor ressalta ainda que as escolas não caminham junto com os avanços tecnológicos e revela que estas convivem muito mais com tecnologias analógicas do que digitais, com a falta de recursos financeiros para manutenção dos equipamentos e com a carência ou precariedade de conexão à Internet.…”

O Pibid como política pública articuladora:um olhar para a formação de professores na perspectiva de currículos críticos

“…A desaceleração de investimentos, que está proposta na PEC n.° 241 (2016) vai atingir os sistemas de ensino e limitar a valorização dos professores, não apenas na questão salarial, mas em relação à estrutura e às condições de trabalho. Por isso, mais do que nunca é preciso criar espaços que visem a união e a luta pelos direitos dos professores de serem pensadores de currículos e não meros técnicos reprodutores, como visam políticas públicas que objetivam implantar um currículo nacional para todos Como foi possível reconhecer neste trabalho, o Pibid é uma política pública importante e, por isso, é necessário que se lute para que ele se concretize efetiva e plenamente institucionalizado, não mais como um projeto especial temporário e pontual, limitado em vagas para licenciandos e alguns de seus professores, restrito a algumas escolas da educação básica (Luce, 2017). É imprescindível que o Pibid seja valorizado pelas IES e que estas possam, a partir das parcerias com as escolas de educação básica, buscar alternativas para os problemas de ensino e de aprendizagem, bem como para uma formação de professores voltada à reflexão, à interdisciplinaridade e ao diálogo com os sujeitos da comunidade escolar e da comunidade em geral.…”