Diante do cenário de emergência social desencadeado pela pandemia do coronavírus no Brasil em 2020, que repercutiu diretamente na seara educacional, em especial na necessidade de implantar o ensino remoto como estratégia nas redes públicas e privadas. Nesse contexto, emerge a discussão sobre como o uso das tecnologias digitais estão sendo utilizadas em diversos contextos educacionais, sobretudo na educação do campo que evidencia historicamente demandas sociais e estruturais relacionadas ao processo de exclusão digital. Nessa problemática, destacar as possibilidades e os desafios da utilização das TIC no ensino remoto no cenário de suspensão das atividades escolares e distanciamento social, traz em seu bojo princípios basilares que norteiam a educação pública brasileira como a oferta de uma educação universal, igualitária e de qualidade. Com base em pesquisas realizadas entre os anos de 2019 a 2021, foi realizada uma análise da situação em que se encontravam as escolas e domicílios rurais pouco antes das medidas de isolamento social. Dessa forma, foi possível aferir e correlacionar como indicadores científicos demonstram que as políticas públicas de inserção das tecnologias digitais nas escolas do campo nos últimos anos têm alcançado resultados pouco eficazes, sobretudo, frente ao cenário de recrudescimento da exclusão digital no contexto da educação pública no Brasil. Nesse sentido, constatou-se a necessidade de uma ampla discussão teórica e prática acerca da agenda de políticas públicas de inclusão digital, voltadas à expansão das Tecnologias Digitais na/para a educação do campo.