ResumoO trabalho consiste em analisar os aspectos transacionais da relação entre produtores e permissionários da Ceasa-MS. Para atingir o objetivo proposto, houve a aplicação, juntamente aos permissionários da Ceasa-MS, de 78 questionários semiestruturados. Os questionários aplicados tiveram como arcabouço teórico a ECT, em conjunto com a teoria das formas plurais. Analisando as dimensões da transação entre os permissionários da Ceasa-MS e seus fornecedores, percebemos que o ativo estudado possui: (a) uma especificidade média; (b) a incerteza das transações é alta; (c) e as transações ocorrem de forma recorrente. A teoria da ECT prediz que essas transações devem ocorrer de forma híbrida, porém verificou-se que, além do uso das formas híbridas, há o uso da integração vertical e das formas plurais, sendo esta a combinação entre as formas híbridas e a integração vertical. A presença das formas plurais na Ceasa é explicada pela ambiguidade sobre a estrutura de governança mais adequada de organização e pela complexidade no monitoramento das transações. Dentre os arranjos organizacionais, foi possível verificar que o uso das formas plurais reduz o custo de transação para o permissionário da Ceasa-MS, por representar a combinação entre os pontos positivos das formas híbridas e os da integração vertical, anulando, assim, seus pontos fracos.Palavras-chave: Ceasa-MS; economia dos custos de transação; formas plurais.
AbstractThis study consists of analyzing the transactional relationship between farmers and authorized contractors at Ceasa-MS. In order to reach the objective proposed by the study, 78 semi-structured questionnaires were distributed among the contractors at Ceasa-MS. The questionnaires had as a theoretical framework the TCE in conjunction with the plural forms theory. Analyzing the transaction dimensions between the farmers and contractors at Ceasa-MS, we perceived that the assets studied possess: (a) average specificity; (b) uncertainty of the transactions is high; (c) and transactions occur on a recurring basis. Keeping such dimensions in mind, the TCE theory foresees that those transactions should happen in hybrid form, however the contractors served themselves with vertical integration and plural forms, the latter being the combination of hybrid forms and vertical integration. The presence of plural forms is explained by the ambiguity in the governing structure and the complexity in the way transactions are monitored. We verified that the use of plural forms or the simultaneous use of vertical integration with hybrid forms within all organizational arrangements, to reduce the transaction cost for the contractors as the combined positive aspects of the hybrid forms and vertical integration nullify their weak points.