ResumoA partir da Teoria das Convenções, elaborada por Boltaski e Thevenot, apresentaremos a "ordem de projetos" elaborada por Boltanski e Chiapello e a utilizaremos como parâmetro para a apreciação dos principais estudos de redes sociais intraorganizacionais. A partir da obra "O Novo Espírito do Capitalismo", recuperaremos as principais características da Ordem dos Projetos. Evidenciamos como a construção teórica da Ordem dos Projetos se baseia em uma apropriação normativa dos estudos clássicos de análise de redes sociais, com destaque a Burt e Granovetter. Argumentamos que os trabalhos empíricos de análise de redes intraorganizacionais podem ser lidos como "testes" à ideia de "conexionsimo". Em primeiro lugar, servem como confirmação da tendência do capitalismo contemporâneo em tornar-se conectado. Em segundo lugar, fornecem subsídios aos gestores e formadores de políticas públicas para a mudança do desenho das organizações que favoreçam redes mais abertas. Em terceiro lugar, permitem verificar como a Ordem dos Projetos se relaciona com outras Ordens. Essas relações podem ser conceituais e lógicas, assim como empiricamente negociadas. Concluímos esse artigo com implicações para os estudos de redes intraorganizacionais e também para o modelo proposto por Boltanski e Chiapello. present the "project order" developed by Boltanski and Chiapello and use it as a parameter to assess the primary studies of intra-organizational social networks. I recover from the book "The New Spirit of Capitalism," the Order of Projects' main features. I show how the theoretical construction of the project order is based on a normative appropriation of social network analysis classic studies, especially those of Burt and Granovetter. I argue that the empirical work of intra-organizational networks analysis can be read as "testing" the idea of "connectionism." First, it functions as a way of empirically confirming whether contemporary capitalism is becoming increasingly connected. Second, it provides inputs to managers and policy-makers to adapt the design of organizations in order to favor more open networks. Third, it allows examining how the Order of Projects relates to other orders. These relationships can be conceptual and logical, as well as empirically negotiated. I conclude this article
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