“…Os professores afirmaram abordar essa temática em todos os conteúdos que o Currículo do Estado de São Paulo e os Cadernos do Professor e do Aluno propõem durante os três anos do Ensino Médio, mas ela está mais bem delimitada no segundo ano, quando a proposta é o debate acerca das desigualdades, dentre elas a de gênero, a violência contra a mulher e o movimento feminista.Apesar de se embasarem e se utilizarem dos Cadernos e do livro didático disponibilizado em sala de aula, os professores relataram que esses materiais são insuficientes e por isso fazem um uso parcial deles, devido à necessidade de estarem pesquisando outros que os complementem, como textos, fotografias, desenhos, gravuras, filmes, músicas e vídeos didáticos, os quais também são incluídos nas práticas pedagógicas, auxiliando os docentes para além das aulas expositivas e o uso da lousa.Algumas pesquisas analisam a importância da elaboração de atividades lúdicas e criativas, de forma coletiva, que dialoguem com o contexto sociocultural dos alunos e facilitem o ensino deste conteúdo. O contato com diversos recursos didáticos, como o teatro, produção de cartazes, textos, fotografia, música, etc, auxiliam nos debates e nas aulas expositivas sobre esta temática, pois proporcionam melhor concentração dos estudantes, estimulando a curiosidade, e orientando os professores a desenvolverem com eles, estudantes, a "imaginação sociológica" (BARBOSA, 2019) (AZEVEDO; SCHONS; WELTER, 2014)(BODART, 2015). As Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas tecnologias também sugerem a utilização de muitos desses recursos didáticos no ensino de Sociologia(BRASIL, 2006)…”