Objetivo: Avaliar a prevalência de fragilidade, e os fatores a ela associados, em pessoas idosas com 80 ou mais anos, residentes em áreas rurais do interior norte de Portugal. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, de tipo observacional e transversal que avaliou 120 idosos longevos recorrendo aos critérios de fragilidade de Fried. Na avaliação multidimensional recolheram-se dados sociodemográficos e clínicos. Foram aplicados os seguintes instrumentos: Índice de Comorbidade de Charlson (ICC), Índice de Barthel (IB) e Escala Lawton e Brody (ELB) e Mini Nutritional Assessment (MNA) . Resultados: Os 120 idosos que participaram no estudo (86,2±4,1 anos) eram maioritariamente mulheres (68,3%). A fragilidade foi prevalente em 55,8% dos idosos e a pré-fragilidade em 38,3% , associando-se ao uso de meios auxiliares de marcha e dificuldades de audição. Os idosos fragilizados tomavam um maior número de medicamentos, apresentavam maior comorbidade, apresentavam maior dependência para realizar atividades básicas e instrumentais de vida diária e possuíam um maior risco de desnutrição. Conclusão: É fundamental prevenir e gerir a fragilidade, não apenas tendo em conta causas fisiopatológicas tratáveis, mas também intervindo em pilares importantes como a atividade física e os problemas dietéticos e nutricionais.