Poucos estudos abordam a transferência de tecnologia universidade-empresa (TTUE) em países em desenvolvimento (Póvoa & Rapini, 2010), sobretudo, no Brasil, em universidades privadas (Closs & Ferreira, 2010). Este trabalho, nesse sentido, busca identificar e analisar intervenientes em processos envolvendo patentes acadêmicas, investigando pesquisadores e a gestora do Escritório de Transferência de Tecnologia (ETT), no estudo do caso da PUCRS. Muitos dos intervenientes assemelharam-se aos identificados por outros estudos nacionais e internacionais. Entre os motivadores que se destacaram estão os desafios científicos e a competição para produzir patentes. O ambiente de inovação foi favorecido por políticas institucionais e o acesso à informação, estruturas de laboratórios, equipes qualificadas e grupos de pesquisa multidisciplinares viabilizaram a geração de inventos. A existência do parque tecnológico na universidade facilitou a disseminação do conhecimento tácito entre a universidade e empresas. A dificuldade para conciliar pesquisa, patenteamento e docência requer atenção, pois os pesquisadores foram essenciais para o sucesso na comercialização de tecnologias acadêmicas. Sugere-se, desse modo, a criação de políticas que possibilitem mais tempo aos pesquisadores para a atuarem na Transferência de Tecnologia Universidade-Empresa (TTUE) e o desenvolvimento de suas habilidades relacionais e comerciais.