A hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, com predileção pela pele e nervos periféricos. No Brasil, representa um desafio de saúde pública. A pesquisa justifica-se em investigar o perfil epidemiológico da hanseníase em idosos, devido à sua natureza crônica e incapacitante, com complicações graves se não tratadas precocemente. O objetivo deste estudo é identificar e analisar o perfil epidemiológico dos casos de hanseníase diagnosticados em idosos no Brasil, durante uma década. A metodologia consistiu em um estudo epidemiológico descritivo de corte transversal dos casos novos de hanseníase em residentes no Brasil, com dados obtidos no DATASUS, SINAN, no período de 2013-2023, por faixas etárias. Os dados do DATASUS indicam uma prevalência da doença em idosos com baixa escolaridade, principalmente na região Nordeste. A doença é mais comum em homens entre 60 e 69 anos de idade, sendo mais frequente em indivíduos de origem parda ou branca. A forma clínica mais comum da doença foi a Dimorfa, com predominância de formas multibacilares nessa faixa etária. Apesar da maioria dos casos serem de grau zero de incapacidade, a presença de casos com graus I e II ressalta a importância de um acompanhamento cuidadoso. Dessa forma, o estudo contribui significativamente para compreensão da hanseníase em idosos e ressalta a importância da vigilância epidemiológica e medidas preventivas e terapêuticas.