OBJETIVO: Analisar a temperatura da úlcera venosa em comparação à temperatura do membro contralateral sadio e se esta emissão de calor tem associação com a gravidade da lesão. MÉTODOS: Estudo transversal analítico realizado em uma instituição privada em Salvador/Bahia, de março a agosto de 2021. Foram coletados dados sociodemográficos, avaliação clínica dos 33 participantes e dos 66 membros inferiores, captação da imagem termográfica da úlcera venosa e análise térmica. RESULTADOS: A média de idade dos 33 participantes era de 70 ± 12,5 anos, a raça/cor, autodeclarada, parda (14; 42,4%), sexo masculino (17; 51,5%). Referiam etilismo (10; 30,3%). Quanto à avaliação entre a temperatura máxima e média do membro com úlcera venosa versus o membro contralateral, apresentou correlação (p=0,001) em todas as regiões avaliadas. Em relação a etilismo apresentou correlação com a temperatura máxima da úlcera (p=0,003), borda (p=0,015) e centro (p=0,006). No que diz respeito ao PUSH ≥12, apresentou correlação com a morfologia geográfica (p=0,001) e mal delimitada (p=0,008). O Delta apresentou correlação com recidiva (p=0,004) e Delta Grave com o tempo de úlcera >12 meses (p=0,024), recidiva e etilismo (p=0,038). CONCLUSÕES: A termografia na avaliação da úlcera venosa em membros inferiores contribui no monitoramento térmico de processos inflamatórios e da perfusão tecidual.