INTRODUÇÃO: Sintomas da cardiomiopatia hipertrófica resultam de disfunção ventricular diastólica, desequilíbrio entre oferta e demanda de oxigênio, arritmias cardíacas, obstrução ao fluxo ventricular esquerdo. A principal causa de obstrução é a hipertrofia anormal do septo interventricular, associada à movimentação sistólica do folheto anterior da valva mitral, músculo papilar e cordoalhas tendíneas. Opções terapêuticas para casos refratários incluem a miectomia septal e ablação septal alcoólica. OBJETIVO: identificar através de busca bibliográfica, desfechos clínicos nos pacientes com cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva, tratados por miectomia septal ou ablação septal alcoólica. METODOLOGIA: Revisão integrativa baseada na questão norteadora “quais são os desfechos clínicos das estratégias terapêuticas em pacientes sintomáticos com cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva, miectomia e alcoolização de artéria septal?”. Busca de dados realizada nos bancos de dados: PUBMED, EMBASE, SCOPUS, Cochrane e Web of Science em dezembro de 2023, artigos de meta-análise e revisão sistemática nos últimos 5 anos, textos completos, acesso gratuito, língua inglesa, utilizando termos "cardiomyopathy, hypertrophic" AND "cardiovascular surgical procedures" OR "surgical myectomy" OR "septal myectomy" OR "alcohol septal ablation" AND "treatment outcome”. RESULTADOS: 3.136 foram os artigos identificados e apenas 4 selecionados por atenderem aos critérios. CONCLUSÕES: Autores concluem que ambas opções apresentam alto grau de segurança e risco semelhante de mortalidade, a ablação associou-se a aumento significativo de taxas de implantes de marcapasso definitivo, reoperações, maior gradiente residual. A mortalidade peri-procedimento foi maior para a miectomia septal, mas em 5 anos apresentou um desfecho favorável. Estratégia a ser escolhida deve ser guiada por discussões interdisciplinares, experiência da equipe, desejos e quadro clínico do paciente.