A ciclomobilidade nas cidades tem sido vista como uma alternativa sustentável de transporte e de baixo custo. No entanto, está diretamente relacionada a existência e qualidade da infraestrutura disponível para deslocamento seguro. O objetivo deste estudo é avaliar a infraestrutura e os pontos de serviços existentes em cinco capitais brasileiras e verificar se existe correlação entre o tipo e quantidade dessas infraestruturas com fatores socioeconômicos das cidades em estudo. Para atender o objetivo, adotou-se um estudo de caso múltiplo utilizando de imagem geoespacial e a correlação de Person para investigar o relacionamento entre as variáveis quantitativas utilizadas. Os resultados indicam uma concentração da infraestrutura e dos pontos de serviço na maioria das cidades e que há uma forte correlação entre quantidade de infraestrutura e área urbanizada (0,90). Além disso, o tamanho da população é a variável com maior influência sobre o tamanho da infraestrutura (0,80), número de bicicletas compartilhadas (0,80) e número de bicicletários (0,90). O estudo permite concluir que é necessário investir, manter e conectar as infraestruturas cicloviárias ao longo das cidades para aumentar a adoção da ciclomobilidade e que essas ações estão diretamente ligadas a organização popular para fazer municípios cumprirem com as obrigações estabelecidas pela Política Nacional de Mobilidade Urbana.