O número alarmante de suicídios - consumados e tentativas - é considerado prioridade da Saúde Pública em todo o mundo. Estudos nacionais e internacionais evidenciam a relação direta entre aspectos psicológicos e sociais na Ideação Suicida (IS) de transgêneros, transsexuais e travestis (população trans em geral). Diante desse cenário, analisam-se a prevalência e os fatores associados ao suicídio cometido pela população trans, descrevendo a violência sofrida, cotidianamente, por esse grupo, em determinados contextos (família, escola, delegacias e serviços de saúde). Para realização da revisão de literatura, como metodologia, utilizam-se as bases de dados eletrônicas PUBMED e SciELO, verificando artigos científicos, teses, dissertações e livros publicados nos últimos 10 anos. Dessa forma, atesta-se que a IS está associada a situações cotidianas vexatórias, discriminatórias, preconceituosas e violentas, aos quais esses indivíduos estão expostos, promovendo sentimentos e sintomas de egodistonia, depressão, tristeza profunda e melancolia. Ainda, alerta-se para a necessidade da implementação de intervenções que objetivem o controle da IS, enquanto agravo à Saúde Pública, na população analisada, sendo necessárias ações de sensibilização e de mobilização na área da saúde e nos demais setores responsáveis para atuar nas determinantes sociais relacionadas ao suicídio e sua intersecção com a identidade de gênero.