Gender independent kids: A paradigm shift in approaches to gender non-conforming children

Abstract

Recent years have seen a substantial change in how children who challenge gender norms (referred to in this article as “Gender Independent”) are regarded by professionals, by their families and by the public at large. Pathologized and treated for decades as a mental illness, childhood gender non-conformity would seem to be imbued with new meaning, as evidenced by a growing number of public voices claiming gender variance as part of human diversity. Call it a paradigm shift: from disorder to diversity, from treatment to affirmation, from pathology to pride, from cure to community. This commentary article reflects on recent shifts in language, shifts in identity options, and shifts in the focus of intervention with gender non-conforming children. Drawing on existing research and public discourse, I consider what the field of human sexuality can learn from “Gender Independence.”

Diversidade de género na infância e na educação: contributos para uma escola sensível ao (trans)género

“…Desde os anos 1960 que as identidades e expressões de género não normativas das crianças têm sido objeto de atenção e perspetivadas como uma patologia que necessita de cura (Bryant 2006;Pyne 2014). A «perturbação de identidade de género na infância» foi introduzida formalmente, em 1980, na terceira revisão do DSM -Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais da Associação Americana de Psiquiatria, sendo advogadas terapias reparadoras, no sentido de alinhar estas crianças com as normas sociais de género.…”

“…A sua utilização com referência a crianças e jovens é ainda mais pertinente porque evita a atribuição de categorias identitárias de género (como a de transexual), deixando espaço para a autodeterminação de género. Os estudos realizados na infância (Pyne 2014) têm revelado que, tal como na população adulta (Ekins e King 2006;Saleiro 2013), existem modos distintos de sentir e expressar a diversidade de género. Estes podem envolver desde reivindicações persistentes de pertença identitária ao «outro» sexo (no que se diz que se é, na escolha de um novo nome e género gramatical), até ao desejo de apropriação do universo reservado ao «outro» género (na escolha da roupa e acessórios, brinquedos e brincadeiras, etc.…”

“…Este novo modelo propõe assim uma deslocação no foco da intervenção, desde um problema ou mesmo patologia individual da criança até ao trabalho que é necessário fazer para a sua aceitação na comunidade (Pyne 2014).…”

“…No redirecionamento da intervenção, as escolas constituem um dos atores estratégicos (Pyne 2014), tendo os estudos já realizados salientado a necessidade de as escolas criarem um ambiente mais acolhedor através de políticas e currículos aptos a apoiar crianças com diversidade de expressões de género (Meyer 2009;Pichardo 2009;Platero 2010;Cabezas, Ortega, e Galán 2013;Gavilán, 2016).…”

Papéis de gênero nas brincadeiras de faz-de-conta de crianças adotadas por casais do mesmo sexo

“…Por outro lado, a pouca estereotipia encontrada neste estudo pode ser fruto de diferenças culturais nas quais as crianças daquele país estão inseridas. Estudos com crianças em geral no Canadá apontam para menor estereotipia com o passar dos anos, mesmo em crianças educadas em famílias conservadoras (Pyne, 2014). Resultados semelhantes foram encontrados por Goldberg et al (2012) em ambientes de cidades pequenas e de tendência conservadora nos Estados Unidos.…”