Este estudo objetivou analisar os aspectos que evidenciam a desigualdade de gênero na atuação de profissionais ligados à área de Ciências Sociais Aplicadas no mercado de trabalho brasileiro. Realizou-se uma pesquisa descritiva, documental e quantitativa do período de 2013 a 2015. A população compreendeu os profissionais graduados, contratados no referido período, da área de Ciências Sociais Aplicadas (Administrador, Contador e Economista) de todo o Brasil, perfazendo um total de 143.468 observações e a amostra de 134.532 observações. Os dados foram coletados no sítio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e dizem respeito a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), na qual incluem-se diversas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Os resultados foram obtidos a partir do Teste t de médias e verificou-se que a média da idade de homens e mulheres apresentou-se bem próxima em todos os anos e profissões. No que tange a variável remuneração, o Administrador possui menor desigualdade de gênero em todos os anos analisados, o Economista apresentou maior desigualdade em 2013 e o Contador em 2014 e 2015. O estudo apontou também que, se comparado 2013 com 2015, todas as áreas mantiveram um decréscimo na desigualdade de gênero, porém para os profissionais da Economia, esse resultado foi mais significativo. Diante dos resultados, conclui-se que em relação ao problema de pesquisa e o objetivo, nos três anos analisados ainda há desigualdade de gênero em relação a profissão do Administrador, Contador e Economista, no entanto, com indícios de redução anual, fato considerado positivo.