Resumo. O aquecimento de água com uso de coletores solares como alternativa viável às formas convencionais, notadamente, em comparação à eletricidade, exige constantes estudos sobre os resultados obtidos com sua aplicação. Embora seja considerada uma tecnologia consolidada, visto sua ampla utilização, o emprego dos coletores solares para aquecimento de água ainda demanda alguns estudos, principalmente sobre seu comportamento em resposta a situações adversas, como por exemplo, seu uso com infiltração de água. As especificações presentes nas normas técnicas vigentes sobre o máximo aceitável de umidade no interior de coletores solares é objeto de grande discussão, principalmente por parte dos fabricantes, que questionam a real eficácia de algumas exigências de qualidade. Tal questionamento, somado a um grande índice de reprovação de diferentes modelos quando submetidos aos testes de conformidade, impõe a obrigação da real comprovação do efeito da infiltração/condensação na eficiência dos coletores solares de placa plana. Em concordância com o que foi descrito, este trabalho que objetiva fornecer um conjunto de informações detalhadas do comportamento dos coletores solares submetidos a uma condição de operação específica, contribuindo para o aprimoramento da metodologia de certificação. A metodologia adotada inclui procedimentos experimentais baseados nas normas técnicas aplicáveis, de modo a se obter informações sobre a resposta do coletor solar em situações normais de funcionamento e em situações forçadas de infiltração/condensação de água. Os procedimentos experimentais compreendem ensaios realizados em um Simulador Solar para avaliação do desempenho térmico de um coletor solar plano a partir de quantidades pré-estabelecidas de massa de água injetada. Os resultados permitem possíveis inferências nas normas técnicas em uso com aplicações diretas no mercado de aquecimento solar. Considerando apenas o comportamento da eficiência térmica do coletor solar estudado, os resultados encontrados indicam que o limite mais adequado para o máximo de água infiltrada é de aproximadamente 50% superior ao admitido atualmente na norma técnica que é de 30g de água por metro quadrado de área coletora.