RESUMO: O algodão é uma cultura com grande potencial socioeconômico para a região Semiárida do Nordeste do Brasil. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de genótipos de algodão herbáceo (Gossypium hirsutum), cultivados no Agreste de Pernambuco em sistema de sequeiro. O experimento foi conduzido na estação experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco-IPA, localizado em Caruaru-PE. Os ensaios foram realizados nos anos de 2016/2017 em delineamento blocos casualizados, com quatro repetições e dez tratamentos. Foram avaliados cinco genótipos de fibras brancas (BRS ARARIPE, CNPA 8H, CNPA GO 2006-1023, CNPA GO 2007-419 e CNPA GO 2007-700) e cinco de fibras coloridas (BRS SAFIRA, BRS RUBI, BRS 200, BRS VERDE, BRS TOPÁZIO) quanto à altura das plantas (cm), estande final (nº plantas.ha-1), peso do capulho (g) e rendimento de algodão em caroço (kg.ha-1). Os resultados indicam variabilidade significativa pelo teste F (P<0,05) entre os genótipos, nos dois anos de cultivo, para todas as características analisadas. O BRS 200 (99,50 cm), BRS SAFIRA (99,31 cm) e BRS TOPÁZIO (99,24 cm) se destacam pelo crescimento em comparação aos outros. O CNPA GO 2007-700 (39.250 plantas. ha-1) teve a maior densidade populacional, mas não foi o mais produtivo. O BRS TOPÁZIO (1.388,75 kg.ha-1) teve o maior rendimento de algodão em caroço comparado aos outros. Os genótipos avaliados possuem potencial de cultivo no Agreste Pernambucano, no entanto, mais estudos precisam ser conduzidos para recomendação dos mais produtivos e adaptados à região.