As hepatites virais são doenças causadas por cinco vírus distintos (A, B, C, D e E), que têm em comum o forte acometimento do fígado humano. As hepatites B, C e D se tornam crônicas quando a inflamação do fígado se mantém pelo prazo mínimo de seis meses. Entretanto, qual é o contexto geográfico dessas doenças e qual o potencial para a cronificação de cada um desses vírus? Assim, objetivou-se mapear a distribuição dos casos notificados e taxas de prevalência das hepatites crônicas no Brasil, no período de 2010 a 2014 e apresentar algumas características do potencial para cronificação dos vírus B, C e D. Para tanto, incialmente, os dados foram coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan. Posteriormente, elaborou-se o mapa das hepatites crônicas utilizando-se o software Quantum GIS - QGIS, a projeção cartográfica ATM Datum SAD 69 e a base cartográfica do Zoneamento Ecológico Econômico do Acre e, por fim, aplicou-se técnicas de estatística exploratória de correlação linear de Pearson (r) para analisar o potencial de cronificação. Enfim, o mapa das hepatites crônicas destacou unidades da federação nos quais essas hepatites possuem grande importância como os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, que apresentaram as maiores quantidades de casos confirmados enquanto o Acre apresentou a maior taxa de prevalência. Em relação ao potencial de cronificação, por mais que os resultados tenham apresentados valores acima dos mencionados na literatura, eles confirmam que os adultos, do sexo masculino ainda são os mais afetados, muito embora, as crianças possuam o maior potencial para a cronificação.