Geomorfologia Do Nordeste Setentrional Brasileiro: Uma Proposta De Classificação

Abstract

No Nordeste setentrional brasileiro, as formas de relevo têm sido classicamente descritas como resultantes de sucessivos ciclos de aplainamento. Nessa perspectiva, são interpretadas como resíduos dos processos de pediplanação conduzida por climas secos. Essa ênfase morfoclimática, foi responsável por grandes avanços da geomorfologia do Quaternário através de estudos sedimentológicos associados, sobretudo aos depósitos correlativos. Nesse trabalho, pretende-se incorporar dados estruturais que subsidiem a interpretação e a classificação das formas de relevo segundo seus processos geradores. Esses processos incluem fatores estruturais ligados à tectônica e a deformação do embasamento. O trabalho tem por objetivo propor uma classificação de mapeamento geomorfológico com um enfoque multiprocessual e multiescalar para a referida área. A metodologia foi pautada na análise de dados geológicos, geomorfológicos e averiguações de campo, o que contribuiu para o desenvolvimento de uma taxonomia do relevo organizada em classes de Macroescala, como as Formas Denudacionais, Circudenudacionais e Agradacionais; de Mesoescala, com as Unidades Geomorfológicas; e de Microescala, com as Formas de Abrangência Espacial Restrita. Tais unidades são aqui apresentadas segundo os processos geradores responsáveis, com ênfase na estrutura, no processo e nas formas, sendo assim, uma classificação didática e que visa suprir a carência de classificações regionais de caráter genético e evolutivo para essa porção do Nordeste brasileiro.

Tidal flood area mapping in the face of climate change scenarios: case study in a tropical estuary in the Brazilian semi-arid region

“…The daily temperatures vary from 26 to 30 • C (with a mean temperature of 26.8 • C), and the average relative air humidity is 70 % (IDEMA, 1999;Diniz and Pereira, 2015;Barbosa et al, 2018a). In geomorphological terms, there is a wide fluvial-marine plain that constitutes the coastal strip (Barbosa et al, 2018b;Costa et al, 2020). The number and extent of various channels present along adjacent large river plains reveal the great influence of oceanic waters on this stretch of the continent, with tidal action being one of the major natural forces responsible for hydrographic control.…”

Levantamento florístico das angiospermas do Parque Estadual Cânion do rio Poti, Buriti dos Montes – PI

“…Por fim, é importante levar em consideração que os afloramentos rochosos presentes na área do cânion do Rio Poti apresentam um aspecto peculiar em relação à climatologia, à geologia e à geomorfologia, que potencializando o local a apresentar uma comunidade florística de angiospermas (96 spp.) e de outros grupos vegetais (briófitas e samambaias) extremamente adaptados às condições climáticas e edáficas (Santos, 2018;Costa et al, 2020;Moraes et al, 2020;Moraes et al, 2021;.…”

“…Nesse contexto, a escolha e decisão em pesquisar sobre a florística de angiospermas do Parque Estadual Cânion do Rio Poti, se deu devido à necessidade de compreensão da importância da Unidade de Conservação (UC) para a proteção de um trecho do médio curso da bacia hidrográfica do rio Poti, que apresenta uma feição geomorfológica em aspecto de um Cânion que corta o município de Buriti dos Montes, Piauí (Moraes et al, 2020;Moraes et al, 2021). Essa área pertence a uma região semiárida do Brasil e faz parte do domínio morfoclimático da Caatinga, que apresenta um mosaico de ambientes e paisagens como morros, vales, serras e cânions, formados principalmente a partir de estruturas geomorfológicas, edáficas e climáticas presentes na região (Barreto 2011(Barreto , 2012(Barreto , 2014Moro et al, 2016;Santos, 2018;Costa et al, 2020;.…”

“…Para essa UC, os condicionantes formados por meio dos aspectos geofísicoquímicos e ambientais da região (Barreto e Costa, 2014;Costa et al, 2020) são intrinsecamente responsáveis pela: beleza cênica única do local; vegetação de Caatinga rica em espécies de angiospermas, briófitas e samambaias, algumas endêmicas; biodiversidade rica da fauna de aves, répteis e mamíferos; recursos hídricos e importantes sítios arqueológicos/paleontológicos de grande valor (Decreto nº. 17.429, 2017;Moraes et al, 2020).…”

“…Portanto, se faz necessário a realização de pesquisas, em especial com viés voltado a inventários florísticos das algas, angiospermas, briófitas, samambaias e licóficas, a fim de auxiliar na preservação permanente da UC, fornecendo subsídios para a conservação da fauna e da flora regional, além dos recursos naturais e dos sítios arqueológicos e paleontológicos (Santos, 2018;Costa et al, 2020;Moraes et al, 2020;Moraes et al, 2021;.…”