Gerenciamento de situações de emergência em pacientes traqueostomizados

Atuação do fisioterapeuta no gerenciamento de risco para pacientes com traqueostomia / Physicotherapist performance in risk management for patients with tracheostomy

“…2021 dispostas sobre o tórax do paciente como intuito de produzirem tração na traquéia e facilitarem a passagem da cânula para dentro do lúmen (9) .Após a cirurgia aberta, o trato permanece instável de três a cinco dias e a tentativa de recolocação do tubo neste período geralmente é frustrada colocando o paciente em uma situação de risco (10) . Múltiplos fatores incluindo obesidade, pescoço curto, anormalidades anatômicas, secreção copiosa no trato respiratório e excessiva quantidade de tecido de granulação podem complicar até mesmo a recolocação em uma via aérea estável em um momento de urgência (11).…”

“…Sendo que o obturador funciona como um guia, que adapta e ajusta a cânula para a adequada reintrodução no estoma. Já as suturas de ancoragem, posicionadas diretamente em ambos os lados da parede da traqueia, podem facilitar o reposicionamento do tubo da traqueostomia fazendo uma tração para cima e para os lados, as suturas trazem o orifício traqueal para superfície, minimizando possíveis falsas passagem e hemorragias relacionadas ao reposicionamento da cânula de traqueostomia (11) .…”

“…A capacitação dos profissionais, o planejamento do transporte, a avaliação do paciente, a padronização de ações são procedimentos que possibilitam à equipe de saúde o reconhecimento dos riscos relacionados ao transporte intra-hospitalar e a execução de ações apropriadas, cuja tomada de decisão seja fundamentada em evidências científicas. Nesse enfoque salienta-se a presença do médico, enfermeiro e / ou fisioterapeuta nas situações em que os pacientes apresentam-se com via aérea artificial (intubação endotraqueal, traqueostomia).Existem diversos fatores de risco para decanulação acidental, diversas situações que possibilitam exteriorização total da cânula na fase precoce da cirurgia, e é nesse enfoque que o profissional de saúde, particularmente o fisioterapeuta que está intimamente relacionado ao cuidado do usuário traqueostomizado, irá atuar gerenciando essas situações de emergência, sendo treinado para lidar com a intercorrência e realizando junto à equipe orientações, estratégia educativa para cuidadores.Silva e cols em 200911 realizaram um estudo descritivo exploratório com profissionais de saúde (médicos, fisioterapeutas e enfermeiros) da UTI de um Hospital Universitário, em Salvador-BA, no período de julho a setembro de 2007 com o objetivo principal de avaliar o nível de conhecimento dos profissionais com relação ao gerenciamento de uma situação de emergência envolvendo deslocamento acidental da cânula de traqueostomia. Para tanto, foi traduzido e adaptado um questionário semiestruturado retirado de um estudo prévio com perguntas como: você já lidou com esta situação?…”

Intervenções de enfermagem na prevenção de complicações da via aérea na pessoa com traqueostomia em unidade de cuidados intensivos

“…É descrito na evidência, que atrasos na gestão da deslocação de cânula de traqueostomia podem levar ao compromisso da VA, a lesões neurológicas e à morte (Jung et al, 2022). Esta condição revela-se mais perigosa em pessoas com traqueostomia recente, inferior a uma semana (Jung et al, 2022), e pode levar à morte em quase 100% das pessoas (Silva et al, 2009). Identifica-se que 50% das mortes relacionadas com a VA estavam associadas com a deslocação da cânula de traqueostomia (McDonough et al, 2016).…”

“…Vários estudos identificam que os enfermeiros têm lacunas de conhecimento sobre traqueostomias, os seus cuidados, e a correta intervenção em situações de emergência. Evidenciam igualmente que através de uma adequada prestação de cuidados, existem complicações que podem ser prevenidas ou mitigadas (Cetto et al, 2011; Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 7, n. 2, p. 01-21, mar./apr., 2024 Khanum et al, 2022;McDonough et al, 2016;Qadir, 2018;Silva et al, 2009;Sodhi et al, 2014) .…”