Gestantes na atenção primária à saúde: transtornos mentais comuns, qualidade de vida e uso de drogas

Abstract

Essa pesquisa teve por objetivo geral identificar a prevalência de Transtornos Mentais Comuns (TMC), uso de drogas e a qualidade de vida (QV) em gestantes atendidas na atenção primária à saúde (APS) no município de Campinas, São Paulo. Trata-se de estudo quantitativo, de caráter correlacional, realizado de agosto de 2015 a agosto de 2016 com plano amostral estratificado e proporcional (n=287). Cada estrato foi formado pela Unidade Básica de Saúde sorteada, na área de abrangência de cada um dos cinco distritos de saúde da cidade. Foram instrumentos de pesquisa: questionário sociodemográfico, econômico, farmacoterapêutico e de histórico de saúde; o Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) para o rastreamento do uso do álcool; o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), para estimar a prevalência de TMC e o World Health Organization Quality of Life Assessment-Brief (WHOQOL-brief), para mensurar escores de QV na amostra. TMC, QV e uso de drogas lícitas não prescritas e/ou ilícitas foram considerados variáveis dependentes. Para análise das variáveis TMC e uso de drogas lícitas não prescritas e/ou ilícitas foi utilizado o teste de regressão logística simples e múltipla e QV a regressão linear múltipla. Das 287 gestantes entrevistadas 30% foram positivas para TMC. As variáveis associadas à TMC foram: idade (OR 6,63), situação conjugal (OR 2,15), histórico de transtorno mental (OR 4,34), gravidez desejada (OR 3,33), idade gestacional (OR 5,86), relato de ter sofrido violência (OR 18,47) e uso de chá (OR 2,47). Identificou-se que 95,8% declararam ter utilizado pelo menos um medicamento durante a gravidez e desses 2,09% utilizaram sem prescrição. Em relação à classificação de risco, 58,47% dos medicamentos utilizados são da classe A; 30,87% da classe B; 8,84% da classe C, 1,09% da classe D e 0,73% sem classificação. Quanto ao uso de drogas lícitas não prescritas e/ou ilícitas 19,5% relataram o uso sendo a droga mais utilizada o álcool (8,71%), seguido do tabaco (6,61%); sete (2,43%) usaram essas duas substâncias concomitantemente e quatro (1,4%) utilizaram drogas ilícitas associadas ao álcool e/ou tabaco. Por meio do AUDIT, identificou-se que durante a gestação, 2,8% das mulheres foram classificadas como em uso de risco e 0,7% em provável dependência. As variáveis associadas ao uso de drogas lícitas não prescritas e/ou ilícitas foram idade (OR 6,91) e idade gestacional, sendo no segundo trimestre (OR 2,68) e no terceiro trimestre (OR 2,81). Quanto a QV, a média dos escores foi maior no domínio relações sociais enquanto o mais baixo foi no domínio meio ambiente.O preditor mais significativo para menor QV foi TMC. Assim, os achados desta pesquisa poderão ser utilizados na sensibilização dos profissionais da atenção primária, com vistas a maior adequação das ações desenvolvidas no pré-natal e redução de complicações tanto para a gestante quanto para o feto. Além disso, esses indicadores poderão subsidiar a elaboração e implementação de políticas públicas que proporcione uma assistência pré-natal mais integral e qualific...

A Teleconsulta Como Intervenção De Enfermagem Com a Pessoa Em Situação Paliativa

“…Os estudos de A1, A2, A6, A7, A9 e A10 abordam que além da população-alvo conhecer, mesmo que com informações consistentes os malefícios acarretados ao binômio decorrentes do consumo de substâncias lícitas e ilícitas durante a gestação, as mulheres apresentam baixa adesão à assistência PN 15,16,22,23,24,25 .…”

“…Os autores A8 e A10 afirmam que há inúmeras dificuldades das gestantes em relação à adesão ao PN e sua participação em grupos educativos 21,25 . Pode-se alencar as dificuldades tais como: demora no acesso ao PN; dificuldades de agendamento dos exames; convívio das gestantes com pessoas usuárias de drogas; dentre outros 9 .…”

“…As evidências de A5 corrobam com a A10 que apontam que embora tenham frequentado as atividades de PN, as gestantes e sua rede de apoio consideraram as orientações insuficientes para atenderem suas demandas, especialmente pela ausência de abordagem referente ao uso de drogas 26,25 . A10 faz-se necessário sensibilizar os profissionais que atendem ao PN sobre à importância do acolhimento no sentido de esclarecer, apoiar e orientar mães usuárias de drogas, no sentido de minimizar os dados e favorecer a qualidade da assistência PN 25 .…”

“…Satisfação no Trabalho 16,19,20 Segurança do paciente 14,17,94,97,99,102,103,104,105,106,107,108,133,149 Serviços de saúde 3,6,7,8,9,10,11,12,58,63,67,71,73,79,123,127 Sífilis congênita 83,84,85,86,87,88,89,90,91,92 Sinais vitais 44,49,79,110,111,112,113,117,118,119 Supervisão clínica 21,22,23,24,25,26,28,…”

Nursing care for pregnant women who use alcohol and other drugs in primary care: An instructional video for nursing students

“…Therefore, it is not a question of criminalizing or minimizing these substances, as they all cause harm that must be considered, regardless of a division between licit and illicit (CEBRID, 2010;KASSADA;MARCON;WAIDMAN, 2014).…”