Este estudo tem por objetivo evidenciar o panorama da percepção de assédio moral no trabalho em trabalhadores brasileiros, elaborado a partir de análises com cruzamentos entre percepções de funcionários públicos e privados, homens e mulheres. Para a coleta de dados, optou-se por utilizar a Escala de Percepção de Assédio Moral no Trabalho (EP-AMT), instrumento validado por Martins e Ferraz (2014). Os resultados mostram que 50,3% dos respondentes são do sexo masculino e 47,8% do sexo feminino, além do que 32,3% são profissionais com contrato de trabalho de servidor/a público e 65,8% atuam na iniciativa privada; 1,9% dos respondentes não informaram sexo e tipo de contrato de trabalho. Para análise cruzada optou-se pela análise com base no Teste-t de Stutent, com uso do software SPSS 21. Ficou evidenciado que o assédio moral pessoal, o assédio moral profissional ou o assédio moral no trabalho não são percebidos de modo diferente pelos respondentes quando da análise cruzada considerando os tipos de contrato ou o sexo dos respondentes. Desse modo, a pesquisa mostra que pessoas que atuam no setor público têm a mesma percepção que aquelas que atuam no setor privado e, também, homens e mulheres têm as mesmas percepções quanto ao assunto. Portanto, conclui-se que o assédio moral no trabalho não foi percebido como alto nos ambientes dos respondentes, e que o contrato de trabalho ou o sexo não foram variáveis que influenciaram numa maior ou menor percepção.
ABSTRACT
This study aims to highlight the panorama of the perception of bullying at work among Brazilian workers, drawn from analyzes with intersections between perceptions of public and private employees, men and women. For data collection, we chose to use the Scale of Perception of Moral Harassment at Work (EP-AMT), an instrument validated by Martins and Ferraz (2014). The results show that 50.3% of respondents are male and 47.8% female, in addition to 32.3% are professionals with an employment contract as a public servant and 65.8% work in the private sector; 1.9% of respondents did not inform their gender and type of employment contract. For cross-analysis, we opted for the analysis based on the Stutent t-test, using the SPSS 21 software. It was evident that personal bullying, professional bullying or bullying at work are not perceived differently by the respondents when cross-analysis considering the types of contract or the gender of respondents. Thus, the research shows that people who work in the public sector have the same perception as those who work in the private sector and, also, men and women have the same perceptions on the subject. Therefore, it is concluded that bullying at work was not perceived as high in the respondents' environments, and that the employment contract or gender were not variables that influenced a greater or lesser perception.