Embora haja muitas pesquisas utilizando a teoria dos campos conceituais, o conceito de representação, central na psicologia cognitiva ainda é pouco abordado nelas, pois a maioria dessas investigações parece estar focada na detecção de invariantes operatórios. Nesse artigo, retomamos a noção de representação de Gérard Vergnaud e discutimos a diferença entre esse conceito e o de sistemas semióticos, na perspectiva dos Campos Conceituais. Trazemos o modelo de representação de Vergnaud e apresentamos, ainda, uma relação entre representação e realidade pautada nessa visão. Concluímos discutindo a aplicabilidade do conceito para pesquisas empíricas, propondo linhas de investigação relevantes para a pesquisa em conceitualização e reinterpretando problemas antigos persistentes, tais como a “mudança conceitual” e destacando a importância de uma visão desenvolvimental da representação para o Ensino de Ciências e Matemática.