RESUMO: A emissão de folhas, seu alongamento e a estrutura que conferem ao dossel forrageiro, são quantificados via morfogênese e característica estrutural do dossel. A emissão e o balanço de perfilhos é conhecido como perfilhamento. Ambos, morfogênese e perfilhamento, conferem ao pasto o potencial produtivo. Este processo é influenciado pela intensidade e a frequência de desfolhação. Pastos apresentam plasticidade fenotípica quando submetidos à pastejo intenso e frequente, com vistas a se adequar a esta condição adversa de ambiente. Ademais, fatores como a idade da planta e adubação influenciam no padrão de crescimento. Uma população com perfil etário jovem, ou um pasto adubado, apresenta taxas morfogênicas mais aceleradas, necessitando de ajustes no manejo do pastejo. Aliados a estes fatos, o padrão sazonal de distribuição de chuvas, temperatura e fotoperíodo, faz com que os pastos tenham padrão de crescimento distinto durante o ano. Quando estas condições são favoráveis ao crescimento das plantas, as taxas morfogênicas são aceleradas e ajustes no manejo são necessários. Sendo assim, o manejo do pastejo na época das águas e na época das secas, são distintos, principalmente por conta de padrões de crescimento diferentes nestas épocas. De fato, vários fatores influenciam o crescimento das plantas em pastejo, todavia, a devida manutenção do índice de área foliar (IAF) do pasto, seja em lotação continua ou lotação intermitente, faz com que resultados satisfatórios sejam obtidos em sistemas de exploração pecuária a pasto. Diante do exposto, metas de manejo considerando parâmetros morfogênicos da planta, aliados à manutenção de IAF adequado, mostram que pastos manejados em lotação continua devem ser mantidos em condições consideradas ótimas tanto para o crescimento da planta como para o consumo animal. Estas condições coincidem com alturas de manutenção de dossel forrageiro, recomendada para cada espécie ou cultivar dentro de espécie. Da mesma forma, em lotação intermitente, a condição ótima de manejo do pastejo, quando a rebrota deve ser interrompida, coincide com o momento em que o dossel forrageiro intercepta 95% da luz incidente, em que a taxa média de acúmulo do pasto é máxima. Sendo assim, o conhecimento das respostas morfogênicas e estruturais de plantas forrageiras em pastejo, frente a mudanças nas condições do meio, auxiliam na tomada de decisão de estratégias do manejo do pasto, com vistas ao uso eficiente do recurso forrageiro.Palavras-chave: morfogênese, características estruturais, perfilhamento, interceptação luminosa, métodos de pastejo.