Nos últimos anos, a busca por precursores verdes para a síntese de nanopartículas de carbono (carbon dots), tem despertado interesse da comunidade científica, devido dentre outros aspectos, o alinhamento com a química verde, abundância de resíduos carbonáceos e ampla faixa de aplicações desses nanomateriais. Nesse sentido, uma estratégia simples, verde e de baixo custo, foi desenvolvida para a síntese reprodutível de carbon dots (C-dots) usando extrato do bagaço de limão, proveniente de diferentes cidades de Alagoas, Brasil, a saber Rio Largo, Coruripe e Maceió. As dispersões aquosas das nanopartículas, exibiram emissão no verde, tamanhos médios abaixo de 10 nm e índice de polidispersividade entre 0-1, indicando uma distribuição monodispersa das nanopartículas. As análises de FTIR e absorção UV-Vis evidenciaram a presença de estiramentos vibracionais de grupos funcionais oxigenados e bandas de absorção atribuídas as transições π - π* (230 nm) e n - π* em (286 nm), respectivamente. Os espectros de fotoluminescência, mostraram que a emissão dos C-dots é dependente do comprimento de onda de excitação, exibindo uma intensidade máxima em 445 nm, quando excitados em 350 nm. Assim, foi observada uma boa correlação das propriedades ópticas e estruturais dos C-dots, indicando a reprodutibilidade dessas nanopartículas. Além disso, os C-Dots exibiram potencial aplicação como sensor de cromo (VI), demonstrando que o uso do extrato do bagaço de limão é uma forma eficiente de produzir C-dots de baixo custo via química verde.