Introdução: os profissionais de saúde diuturnamente são expostos a morte de pacientes nos mais diversos serviços, porém o luto profissional está longe de ser um tema bem desenvolvido em nosso meio, muito menos em termos de instrumentos para mensuração deste fenômeno. Objetivo: esta pesquisa teve como objetivo identificar as evidências de validade iniciais da versão brasileira da Escala de Sobrecarga de Luto Profissional. Método: A escala originária de Portugal foi previamente adaptada e, neste estudo, aplicada, em conjunto com versão brasileira da Depression, Anxiety Stress Scale, a 252 profissionais de saúde atuantes em Unidades de Terapia Intensiva. Resultados: Os resultados apontam para adequação da escala em termos de estrutura fatorial e consistência interna. A Análise Fatorial Confirmatória, apresentou índices de ajuste adequados para o modelo original de 4 fatores (χ2[251] = 181,955, p = 0,000; CFI = 0,90; TLI = 0,91; RMSEA = 0,04 [90% CI 0,00 – 0,02] SRMR = 0,09). Foram identificadas correlações positivas entre fatores de sobrecarga de luto profissional e sintomas de depressão e estresse. Conclusão: Estes resultados indicam para a possibilidade de uso da escala no contexto brasileiro.