A sífilis gestacional (SG) é uma doença infecciosa preocupante, podendo ser transmitida da mãe para o feto, causando sérias complicações para a saúde da gestante e do recém-nascido. Este artigo tem como objetivo analisar a epidemiologia da sífilis gestacional no Nordeste brasileiro, com enfoque em dados coletados entre 2018 e 2021. Utilizando informações secundárias do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), foram examinados aspectos como faixa etária, raça, grau de escolaridade, idade gestacional no diagnóstico, classificação clínica da doença e tratamento das gestantes com sífilis. Os resultados apontam para uma incidência significativa da doença, com destaque para a prevalência entre mulheres jovens e com baixa escolaridade. A identificação tardia da sífilis gestacional também se mostra como uma preocupação relevante, ressaltando a necessidade urgente de aprimorar o acesso ao pré-natal e implementar um rastreamento mais efetivo da doença. Embora o tratamento com penicilina seja amplamente utilizado, a persistência de desafios em regiões com déficits socioeconômicos requer uma abordagem mais abrangente. Essa análise destaca a importância de políticas públicas eficazes para enfrentar a sífilis gestacional, buscando garantir uma abordagem integrada para proteger a saúde materno-infantil na região do Nordeste brasileiro. O estudo ressalta a relevância de investir em programas de educação em saúde, ampliando a conscientização sobre prevenção, cuidados pré-natais e tratamento adequado. Além disso, enfatiza a necessidade de maior atenção às populações mais vulneráveis e ações direcionadas para reduzir as desigualdades sociais e o acesso desigual aos serviços de saúde.