“…Nos Açores, o número reduzido de equipas especializadas em saúde mental e os constrangimentos impostos pela insularidade no acesso aos serviços de saúde (e.g., distâncias até aos hospitais centrais, carência de transportes, custos envolvidos na deslocação dentro e fora da Região), tornam mais desafiante o desenho e a implementação de intervenções psicológicas que permitam ultrapassar estes constrangimentos. Como forma de responder a alguns dos aspetos acima referidos, os estudos de revisão mais recentes têm vindo a avaliar os efeitos da utilização da tecnologia (e.g., telemedicina, e-health, telefone, apps) na prestação de cuidados de suporte e de follow-up para sobreviventes de cancro (Crowder et al, 2019;Escriva et al, 2018;Forbes et al, 2019). Dadas as especificidades geográficas do arquipélago açoriano (e.g., dispersão geográfica) e, consequentemente, as barreiras geográficas, práticas/estruturais, que podem influenciar a procura de ajuda especializada, o recurso à tecnologia pode ser uma via promissora na prestação de apoio psicológico aos sobreviventes desta Região.…”