ResumoO estudo investigou o eixo imagético da representação da morte e suas lógicas constitutivas em equipes multiprofissionais de saúde. Um questionário com questões abertas e fechadas sobre a morte e o morrer cobrindo aspectos simbólico-discursivos e icônicos foi distribuído a 80 profissionais (médicos, psicólogos e enfermeiros), sendo 54 de sexo feminino e 26 de sexo masculino. Os dados foram analisados por técnicas de análise de conteúdo e submetidos depois à Análise de Estrutura de Similaridade e do método de "variáveis externas enquanto pontos", sendo os resultados comparados com uma Simbólica da Morte levantada em estudos anteriores por Nascimento (2001b) e Nascimento e Roazzi (2007). Encontrou-se indícios consistentes de dificuldades na figuração da morte e de falha na produção de consenso, além de uma organização lógica dos elementos imagéticos que apontam para um estado de polifasia cognitiva na representação deste objeto. Palavras-chave: Morte; polifasia cognitiva; representações sociais; imagens mentais; teoria das facetas.
AbstractThe present study investigated the image structure of the social representation of death in healthcare professionals. A questionnaire with both open and closed-end questions was used to assess the symbolic and iconic components of the representation of death in a group of 49 physicians, 13 psychologists, and 18 nurses (54 female and 26 male). The data produced was analyzed through a non-metric multidimensional procedure -the SSA -and an "external variables as points" method. Finally, it was compared with the symbolism of death explored in previous studies (Nascimento, 2001b;Nascimento & Roazzi, 2007) and interpreted in the light of the theory of social representations and facet theory. Consistent indications of difficulties in the represen-tation of death and failures in the production of consensus were found, as well as a logical organization of imagistic elements which point out for a state of cognitive polyphasia in the representation of this object.