Resumo Na população idosa, pessoas LGBTQIA+ representam um dos grupos mais propensos a depender de serviços de cuidados formais, devido à vulnerabilidade socioeconômica. Contudo, o preconceito enraizado na sociedade, inclusive em profissionais da saúde e da assistência social, resulta em um modelo de atendimento cis-heteronormativo em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). O objetivo deste artigo é investigar, descrever e analisar a produção científica sobre o preconceito contra pessoas idosas LGBTQIA+ em ILPI. Revisão de escopo com buscas nas bases de dados AgeLine, Portal de Periódicos CAPES, SciELO, Portal USP e HeinOnline, sem limite temporal. Dos 642 artigos iniciais, 31 compõem a amostra final. Foram identificadas quatro categorias e 11 subcategorias que delimitam atores, causas, efeitos e soluções encontradas nas pesquisas. A falta de preparo das equipes das ILPI e o histórico de preconceito durante a vida leva a comunidade LGBTQIA+ a temer a institucionalização e desejar um ambiente amigável ou exclusivo. A capacitação das equipes das ILPI torna-se imprescindível, assim como a necessidade de criação de legislações de proteção a essa população com base em pesquisas populacionais e locais.