This study aims to contribute to the dissemination of the theoretical foundations for cost-effec-
IntroduçãoA riqueza de debates sobre a fundamentação teórica da análise de custo-efetividade e utilidade e, por conseguinte, de suas abordagens, perspectivas e modelos de decisão atrelados às técnicas -mesmo que consagrado e incorporado como um instrumento adicional para a decisão na alocação de recursos em muitos países centrais -, ainda suscita, inclusive no contexto brasileiro, o sentimento de que não é confiável.Neumann 1 , no que tange ao sentimento de incredulidade perante o instrumento, discorre em seu artigo Why Don't Americans Use CostEffectiveness Analysis?, a relutância de médicos e gestores de planos de saúde em utilizá-lo. O argumento, em relação aos médicos, é que estes não foram ensinados a pensar profundamente sobre escassez de recursos (e trade-offs) e pelo fato de que não há protocolos claros para conduzir ou reportar os resultados dos estudos. Já em relação aos gestores, o argumento é que não há recomendação explícita da parte do governo para seu uso e que os planos têm outros processos mais sofisticados para administrar a atenção médica.No contexto brasileiro, o sentimento fica patente quando Silva 2 afirma que a análise de custo-efetividade ainda é considerada um mero recurso tecnocrático vinculado ao pensamento neoliberal de contenção de gastos no setor, por utilizar critérios de eficiência econômica. Argumento que, ainda segundo a autora, simplifica REVISÃO REVIEW