Resumo Esta revisão narrativa tem por objetivo analisar a literatura no âmbito da Saúde Coletiva no intento de reconhecer o que se tem discutido em Educação Popular em Saúde (EPS) entre 2019 e 2022. Após busca, 59 artigos foram selecionados, analisados criticamente e separados em seis categorias-síntese: as práticas de educação popular como promotoras de uma visão participativa da saúde; educação popular e a valorização dos saberes e práticas da cultura popular local; a educação popular em saúde como estratégia de apoio à reconstrução social ante aos retrocessos nas políticas públicas; a importância da articulação nacional em educação popular como resposta à sua desvalorização; a educação popular como projeto libertador pensando a formação democrática e luta contra violências institucionais e estruturais; educação popular no processo de formação universitária em saúde. Pôde-se obter importantes resultados que elucidam a importância da EPS no contexto do Sistema Único de Saúde e na formação acadêmica de profissionais da saúde, favorecendo o respeito aos saberes ancestrais e a horizontalidade do cuidado. Ainda, reafirma-se a necessidade de articulação nacional e dialogada com os movimentos populares para o avanço de uma agenda emancipadora e dignificante da saúde no Brasil.