“…Entretanto, essa elevação nas exigências do treinamento pode não somente gerar adaptações positivas nos atletas e em seu desempenho, como também trazer prejuízos ao desportista quando o treinamento exceder a capacidade de regeneração individual, causando estagnação e/ou queda do rendimento e podendo levar a um quadro conhecido como "síndrome do excesso de treinamento" ou overtraining 1,2,4,5,7,8 . O overtraining é considerado um desequilíbrio entre as cargas de treinamento e a devida recuperação, capaz de regenerar o organismo 6 , assim como é o resultado de um desequilíbrio entre estresse e recuperação, no qual o estresse é resultado de fatores inter e extra-treinamento, como carga de treinamento, número excessivo de competições, frequentes viagens, lesões, dificuldades financeiras, conflitos pessoais e dificuldades de relacionamento (pais, amigos, familiares, técnicos) 6,9 . Pesquisas tentam identificar marcadores, possíveis indicadores fisiológicos e bioquímicos do estado de treinamento, tais como relação testosterona/cortisol, concentrações máximas de lactato, concentrações plasmáticas de catecolaminas, hemoglobina, creatina quinase 4,10-12 e o balanço simpáto-vagal, o qual tem sido constantemente investigado com a utilização da variabilidade da frequência cardíaca em atletas com overtraining e em treinamento, sob diferentes cargas de treinamento, devido à grande influência do treinamento sobre o controle autonômico cardíaco 9,[13][14][15][16][17] .…”