“…Porém Anan et al (2001), concluíram que há similaridade entre os níveis de metais analisados nos rins, fígado e músculos de C. mydas e de E. imbricata, uma espécie herbívora e outra carnívora, respectivamente.A espécie E. imbricatas e se alimenta principalmente de crustáceos, moluscos,ouriços, esponjas e algas (MARCOVALDI et al, 2011) e é conhecido que organismos filtradores, como os moluscos, podem ser uma importante fonte de metais para outros organismos (GONÇALVES, FREIRE, NACIMENTO NETO, 2007;GALVÃO et al, 2009), e possivelmente a presença de Hg e Ba nas cascas dos ovos observados no presente estudo tenham sido transferidos pela fêmea depositante, ao qual adquiriram tais contaminantes por via alimentar. Sakai et al (1995), investigando os metais em diferentes tecidos de tartarugas marinhas da espécie C. caretta, concluíram que a utilização de ovos como uma ferramenta para o monitoramento pode ser utilizada, e acrescentam que os ovos que não conseguem desenvolver na fase inicial, permanecem no ninho, e podem ser mais adequadamente utilizados para o monitoramento de metais. Neste contexto, o monitoramento não invasivo usando ovos não eclodidos para espécies ameaçadas, como as tartarugas marinhas, podem ser implementadas (Sakai et al, 1995), assim como as cascas dos ovos eclodidos, podem ser utilizados para verificar elementos inorgânicos, como os metais, como demonstrado no presente estudo, onde foi possível identificar a presença de Ba, Hg, Zn e Li.…”