A úlcera péptica (UP) é definida como lesão no trato gastrointestinal, devido ao excesso de acidez ou de infecção por Helicobacter pylori (H. pylori). Quanto à epidemiologia, a UP possui maior prevalência em idosos de 65 anos ou mais e em pessoas com comorbidades que causam um maior consumo de medicações como anti-inflamatórios não esteroides (AINES), aspirina e anticoagulantes. Quanto às manifestações clínicas, a doença apresenta epigastralgia como principal sintoma, mas também pode estar associada à plenitude pós-prandial ou saciedade precoce, náuseas e vômitos, perda ponderal e dor abdominal logo em período pós-prandial, podendo alguns serem assintomáticos. Sua identificação depende de uma anamnese minuciosa, um exame físico bem detalhado e exames complementares. No que tange ao diagnóstico clínico, dor abdominal, melena, taquicardia e sinais de perda sanguínea, são essenciais para identificação da patologia. Para diagnóstico definitivo, lança-se mão da endoscopia digestiva alta, biópsia com exame histopatológico, imuno-histoquímica, teste de urease, ensaio de cultura e reação em cadeia da polimerase (PCR), fornecendo mais detalhes com melhor acurácia para, juntamente com os dados clínicos, obter o diagnóstico. Já a abordagem terapêutica, apresenta-se através do manejo farmacológico e cirúrgico. Na abordagem farmacológica, lança-se mão de inibidor de bomba de prótons (IBP), claritromicina e amoxicilina. A abordagem cirúrgica utiliza a vagotomia troncular, antrectomia e técnicas cirúrgicas como Bilroth I, Bilroth II e Y de Roux para a reconstrução do trânsito intestinal. Em relação a prevenção, medicamentos gastroprotetores podem ajudar a reduzir a carga global da úlcera péptica e suas complicações.