Planktonic foraminifera inhabit in the ocean waters and their spatial distribution is driven mainly by surface temperature. Thus, the tests remain deposited in the ocean sediment show different assemblages according to global climate zones. The main goal of this study was to assess the planktonic foraminifera found in the lowest continental slope of Uruguayan Continental Margin (UCM), and to identify the best criteria for future late Quaternary biostratigraphic and paleoceanographic models and based on carbonate preservation to identify water masses changes. For this purpose, this work examines foraminifera within a sediment core (T-90, 372 cm recovery, 3273 m water depth) collected in the lowest slope of UCM using a gravity corer. Forty height samples were selected along the core for foraminifera presence/absence analysis, and 13 samples, in the core section between 20 and 100 cm for foraminiferal faunal census. The age model was based on three AMS 14C dating. Foraminifera were absent in the core bottom, but were very abundant in its upper part. This variation of foraminifera was associated with fluctuations of lysocline in the glacial/interglacial transition, related to changes in geometry of bottom water masses. The most abundant species were Globorotalia inflata, Neogloboquadrina incompta, Globigerina bulloides, Globorotalia crassaformis, Globigerinoides ruber (white, sensu stricto) and Neogloboquadrina pachyderma. Principal component analysis (PCA) allowed to distinguished 3 groups of species in terms of climate zones: G. inflata (transicional), N. incompta (subpolar) and N. pachyderma (polar). Cluster analysis also identified three patterns of relative abundance among these three species, which can be related to oscillations in the latitude of Brazil-Malvinas Confluence zone during the last 15 ka. For future studies, it will be possible to check the relationship between these species as indicators of others paleoceanographic events in the study area. ResumoOs foraminíferos planctônicos habitam os oceanos sendo a sua distribuição espacial influenciada principalmente pela temperatura das águas de superfície. As suas carapaças depositadas no sedimento oceânico registam diferentes associações de acordo com as zonas climáticas globais. O principal objetivo deste trabalho é identificar mudanças de massas de água, no talude inferior da Margem Continental Uruguaia (UCM), com base na preservação de carbonatos e nas associações de foraminíferos planctônicos. Este trabalho baseia-se no estudo de foraminíferos planctônicos num testemunho de sedimentos (T-90, 372 cm de recuperação) recolhido a 3273 m de profundidade de lâmina de água, no talude continental inferior de UCM. Foram selecionadas 40 amostras ao longo do testemunho para análise presença / ausência de foraminíferos, e 13 amostras, na seção central entre 20 e 100 cm para o estudo das associações de foraminíferos. O modelo de idade foi baseado em três datações de radiocarbono por AMS. Os foraminíferos estão ausentes na extremidade inferior do testemunho, mas são muito abundantes na secção superior. Esta variação da abundância de foraminíferos poderá estar associada a flutuações da lisoclina na transição glacial/interglacial, relacionadas com mudanças na geometria das massas de água do fundo. As espécies mais abundantes ao longo do testemunho são Globorotalia inflata, Neogloboquadrina incompta, Globigerina bulloides, Globorotalia crassaformis, Globigerinoides ruber (branco, sensu stricto) e Neogloboquadrina pachyderma. A análise de componentes principais (PCA) permitiu distinguir 3 grupos de espécies em termos de zonas climáticas: G. inflata (transicional), N. incompta (subpolar) e N. pachyderma (polar). A análise de agrupamento permitiu identificar três padrões de abundância relativa entre essas três espécies, que podem estar relacionadas a oscilações na latitude da zona de confluência Brasil-Malvinas durante os últimos 15 ka. Estudos futuros, poderão basear-se na relação entre estas espécies para traçar eventos paleoceanográficos na região estudada.