As cirurgias plásticas estéticas (CPEs) vêm crescendo exageradamente no Brasil e no mundo devido à uma maior valorização estética dos corpos, sobretudo daqueles expostos e ditados como "padrão" pela mídia, os quais são utilizados como modelo para a realização de tais procedimentos. Pesquisas feitas pela ISAPS em 2019 revelam que o Brasil está em primeiro lugar no ranking mundial de realização de procedimentos estéticos cirúrgicos e não cirúrgicos. Esse estudo tem como objetivo avaliar as motivações que resultaram em CPEs em indivíduos saudáveis porém com insatisfações corporais, bem como as consequências destes procedimentos, especialmente de ordem física, mas também as de ordem psíquica e/ou psicológica. Esta revisão bibliográfica foi desenvolvida por meio de consulta nas bases de dados como Scielo (Scientific Electronic Library Online) e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Foram selecionados doze artigos publicados nos últimos dez anos, com assuntos relevantes associados ao tema proposto. Observou-se que, diversos indivíduos saudáveis, influenciados principalmente por mídias sociais, se submetem às cirurgias plásticas com finalidades exclusivamente estéticas, não raro, demonstrando-se profundamente insatisfeitos com o resultado obtido, o que pode ocasionar diversas consequências físicas e psicológicas. Portanto, é preciso analisar riscos e benefícios previamente à decisão de se submeter ao procedimento estético desejado.