Paulista P P -Evolução tardia de pacientes com prótese aórtica pequena (19 e 21 mm).Rev Bras Cir Cardiovasc 1999; 14 (4): 279-84.Rev Bras Cir Cardiovasc 1999; 14(4): 279-84.
Evolução tardia de pacientes com prótese aórtica pequena (19 e 21 mm)Trabalho realizado no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. São Paulo, SP. Brasil. Apresentado ao 26º Congresso Nacional de Cirurgia Cardíaca. Fortaleza, CE, 8 a 10 de abril, 1999. RESUMO: Objetivo: Avaliar pacientes submetidos a troca valvar aórtica por próteses pequenas (19 e 21 mm) no seguimento pré e pós-operatório, para verificar a sua viabilidade.Casuística e Métodos: No período de janeiro de 1989 a novembro de 1997, 1497 pacientes foram submetidos a troca valvar aórtica, em nosso Serviço. Cem apresentaram anel aórtico pequeno, sendo utilizada prótese pequena. Houve, neste grupo, um predomínio do sexo feminino com 74% dos casos, com superfície corpórea média de 1,57 m 2 . Empregou-se prótese biológica em 33% dos casos. Estes pacientes foram acompanhados com eco Doppler e avaliação clínica no pós-operatório.Resultados: Este grupo de doentes apresentou melhora na classe funcional, sendo que 86,3% deles estão na classe I e o restante na classe II. O gradiente VE-Ao teve uma diminuição significativa, com média de 30,9 mmHg no pós-operatório. Foi necessário procedimento associado em 64% dos casos, tendo, como mais comum, a troca da valva mitral. A sobrevida deste grupo, em 101 meses de acompanhamento, é de 83%.Conclusão: Em função da melhoria clínica acentuada dos pacientes, com a maioria estando assintomática e com gradiente trans-protético aceitável, acreditamos que as próteses pequenas possam ser utilizadas com segurança, levando em consideração a relação entre o número da prótese e a superfície corpórea do paciente. DESCRITORES: Prótese das valvas cardíacas, implante. Prótese das valvas cardíacas, seguimentos. Valva aórtica, cirurgia. Valva mitral, cirurgia.Renato Tambellini ARNONI*, Antoninho Sanfins ARNONI*, Zilda Machado MENEGHELO*, Cecília Maria Quaglio BARROSO*, Antônio Flávio Sanches de ALMEIDA*, Camilo ABDULMASSIH NETO*, Jarbas J. DINKHUYSEN*, Mário ISSA*, Paulo CHACCUR*, Paulo P. PAULISTA* INTRODUÇÃO A operação sobre a valva aórtica nos pacientes com anel aórtico normal ou largo não apresenta dificuldades técnicas (1,2) .No entanto, cerca de 3% a 15% das operações sobre a valva aórtica são realizadas em pacientes com anel aórtico pequeno, por hipoplasia ou calcificação aórtica (2)(3)(4) .Nestes casos, a área efetiva das próteses pode não ser o suficiente para a superfície corporal do paciente, fazendo com que permaneça um gradiente, que poderá obstruir a via de saída do ventrículo esquerdo, prejudicando a sua função (5,6) .Apesar da grande evolução das próteses valvares cardíacas, ainda assim gradientes podem existir tanto nas próteses biológicas, como nas mecânicas (7,8) . Como tentativa de minimizar estes problemas, várias técnicas foram descritas para ampliação do anel aórtico (1,2,9,10,11) ; em função do índice de complicação das mesmas, alguns advogam ...