Herança de caracteres morfoagronômicos em pimenteiras ornamentais (Capsicum annuum L.)

Abstract

As pimenteiras têm apresentado uma crescente e contínua aceitação pelo mercado consumidor, se destacando no comércio de plantas ornamentais em vaso. O objetivo do estudo foi estimar os parâmetros genéticos e efeitos gênicos envolvidos na adição de caracteres de porte, flor e fruto em uma geração segregante de pimenteira ornamental ( Capsicum annuum L.). O experimento foi desenvolvido em casa de vegetação, no Laboratório de Biotecnologia Vegetal, da Universidade Federal da Paraíba. Foram utilizados como genitores dois acessos de pimenteiras ornamentais ( C. annuumL.) pertencentes ao banco de germoplasma de hortaliças da Universidade Federal da Paraíba: UFPB 349 e UFPB 356. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, sendo avaliadas cinco plantas de cada parental, 20 plantas da geração F 1 , 88 plantas da geração F 2 e 40 plantas do RC 1 e do RC 2. Foram obtidas 19 caracteres quantitativos referentes à planta, inflorescência e fruto. Os dados coletados foram descobertos à análise de geração, e os resultados dos modelos foram encontrados ao teste t em nível de 5% e 1% de significância. Altos valores de herdabilidade no sentido amplo e restrito foram observados para a altura da planta e espessura do pericarpo, sugerindo a predominância dos efeitos gênicos aditivos na expressão do caráter. O modelo aditivo-dominante (m, a, d) foi adequado para definir os parâmetros genéticos da maioria das características avaliadas. Entretanto, para o diâmetro da copa, diâmetro das pétalas, comprimento do pedicelo e teor de matéria seca o modelo aditivo-dominante foi produzido, recomendando-se a interpretação do modelo completo.

Diversidade e seleção em população segregante de pimenteiras ornamentais (Capsicum annuum L.)

“…Quanto mais espesso o pericarpo, maior resistência ao transporte, maior duração pós-colheita e maior rendimento em massa, além da maior preferência pelo mercado consumidor (Ulhoa et al, 2017). Rêgo et al, (2011) relacionam esta característica a produção, aumentando a firmeza dos frutos.…”

“…A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) conduziu, nos últimos anos, um programa de melhoramento de pimenteiras ornamentais cujo objetivo é o desenvolvimento de novas variedades, baseado principalmente na hibridização, gerando populações segregantes e permitindo aos melhoristas selecionar genótipos superiores, com características desejáveis para cultivo em vaso (Silva Neto et al, 2014;Rêgo et al, 2015a;Mesquita et al, 2016;Lima et al, 2019;Fortunato et al, 2019;Nascimento et al, 2019;Pessoa et al, 2019;Carvalho et al, 2021;Rêgo et al, 2022). Apesar dos avanços no melhoramento das pimenteiras, ainda se busca desenvolver variedades que atendam a expectativas de diferentes consumidores.…”