ResumoO uso de chás e fitoterápicos é crescente na população brasileira e, em grande maioria, vendidos sem prescrição médica. Investigou-se o uso de medicamentos naturais, possíveis interações medicamentosas e efeitos adversos. Realizado por meio de questionário online (Google forms), por análise estatística descritiva, obtendo 135 respostas. 61,5% eram consumidores de chás e fitoterápicos em pílulas, em maioria mulheres (79,3%). O perfil de consumo consistiu em 62,65% consumindo somente chás e 7,23% somente a planta medicinal em forma de pílulas. A motivação majoritariamente por efeitos calmantes, seguido de problemas digestivos e insônia, onde 78,3% eram automedicações. Destaca-se, pelo alto consumo e potencial interação medicamentos, a camomila (Matricaria recutita L.), chá de hortelã (Mentha spicata), chá verde (Camellia sinensis) e o maracujá (Passiflora incarnata). Observa-se um número elevado de possíveis interações medicamentosas, mas foram observados poucos efeitos colaterais. Conclui-se que deve haver uma maior preocupação com o consumo de chás e fitoterápicos, ao poderem interferir negativamente na saúde dos consumidores.