disso, os deslocamentos realizados neste trabalho possibilitaram múltiplas apreensões sobre confinamentos vivenciados no cotidiano da cidade, no que diz respeito aos modos como os diferentes sujeitos (não)circulam no espaço coletivo. Com isso, foi possível reconhecer a existência de "barreiras invisíveis" na cidade, que, apesar de ocultas no plano físico, são fortemente marcadas nos discursos de seus habitantes, se infiltrando de forma rígida na construção de enunciados sobre a cidade, seus bairros e seus moradores. Da mesma maneira, esses deslocamentos colocaram em movimento entendimentos sobre o crime, sendo que aquelas barreiras entendidas, cotidianamente, como cerradas e determinantes na vida de quem dele participa, mostraram-se fluidas, como um elemento com o qual se dialoga de diferentes formas, permitindo aproximações e afastamentos de acordo com o contexto.